terça-feira, 20 de setembro de 2011

Domínio Cigano II - 2011

O Texto Fantástico de Fernanda Furini, para acesso de todos ao seu enorme talento. Palavras interpretadas por Nina Medeiros, estudante de Artes Cênicas, integrante como bailarina do Grupo Domínio.


Agradecimento de todo Grupo pelo talento de duas amigas (Fernanda e Nina), unido ao esforço e encantamento do bailado Domínio.

SOU CIGANA... E GRITO! E se grito é para que meu grito, seja a revelação deste infinito, que eu trago encarcerado em minha alma!
Veja... As estrelas apontam-me o caminho do futuro imprevisto que aguarda a minha ida. Não tenho medo da vida... Sigo sem contar os passos!
Na vastidão das léguas que se perdem, vou pintando o mundo com as cores da minha alma, e abrindo caminhos com o tilintar dos meus colares!


Ofereço nestas flores, parte de meu povo, para que sintam o aroma único daquilo que nem o vento leva!



A liberdade que decora as nossas almas com flores, não será jamais vencida pelo aço do ódio ou pela frieza da tirania.
Somos a dança do fogo em tempos de guerra, mas jamais a lança que mata ou a tocha que incendeia.
O fogo sentimental, quando se acomoda na alma, ali fica, como uma dor sob anestesia, presa em um guiar dorido... Mas nossas armas continuam postas... São as cores que ofuscam, e o pulsar em busca de paz.
Nossos sapatos pisam firmes na cara do mundo, e dançam, pulam, dilaceram as revoltas... Não perdem o rumo, mesmo encontrando descaminhos, onde sempiternamente a liberdade persegue.


Todo ardor cabe sim, na breve arca de um peito cigano.
O ar sereno que equilibra a minha alma ecoa com desassombro a firmeza do meu leque.
Meu equilíbrio posto na palma de minhas mãos e cabe a mim decidir com quem perdê-lo.
O vento que chega impulsivo e balança meus cabelos, alimenta o meu fogo íntimo... Então tomo meu leque, como o soldado a sua espada, e preparo-me, a meia luz, para expor-me, na mais alta expressão da natureza em movimento, com meu próprio corpo.
Danço e mostro-me, com a firmeza de meu coração, que pulsa ao som do meu leque.



AMO...e este amor inflama. Juraria pela lua, se a mesma não fosse tão inconstante, a ponto de mudar o seu contorno com os meses.
Vens do secreto e me tomas, e eu, nas dormências nervosas do sombrio, desperto. Desperto sentindo o aroma da tua alma, que traz o enflorescer das vinhas.
Este é o momento para entrar sereno e majestoso em um mundo estranho de esplendor. Ei-lo do amor o cálice sacrossanto, bebe-o feliz... Em tuas mãos entrego.
Abra o coração à mim e fique muda(o).
FUJAMOS!! Vamos por estas cordilheiras... Põe teu vestido e coragem, e vem comigo.
Dentre as águias e as chamas feiticeiras. Rasgaremos florestas, andaremos o espaço todo desta terra, e transfiguraremos em astros.
Ahhh... E não se esqueça de trazer seu coração perfeito...!

Creio com envergonhada certeza, que todas as músicas da alma cantadas por meu povo, já estavam prontas poeticamente em mim!!! Creio com orgulhosa certeza, que a dança dos meus antepassados, já bailava aflitiva e eufórica sobre a minha alma que estava ainda por eclodir cigana!
Carrego no coração a saudade feliz de quem fui através dos que já partiram. Orgulho-me das cores do meu povo, das músicas do meu povo, do olhar do meu povo, que mostra através de um impulso de oculta mão, as certezas de uma vida plena, e vivida com uma feliz e encantadora incerteza!
Orgulho-me da alma poética coletiva, que traduz em cada verso, os sentimentos de um povo inteiro.

Morte... Antagonismo medonho!!! O fim da orgânica batalha, e o renascer do sol interno imorredouro!
Morte... Não és o último ato!!! Mereces uma breve despedida e talvez um apito de partida!
A sensação que nos toma é aquela do último olhar, é aquela do som do galope que se perde na imensidão... E cessa!
Nosso coração se parte na queda, como a réplica barata de um vaso caro. Esta saudade sentida e sem sentido... Este silêncio que se torna caos, este fogo que nos abrasa...
Nossa força reluta, mas continua força, portanto, dançaremos para ti... Grande incógnita que desola! Nossas cores cobrirão o luto, e nossos sapatos calarão o silêncio que devasta o riso!

A vida... Observo-a, sinto-a, percebo seus pormenores, constato os seus “por enquanto” que por vezes são meros segundos, mas de eterna significação.
Como quem deita ao colo de alguém, e ouve a meiga prece de um coração que está de luto, eu pego o meu punhal... Sinto a sua energia incompreendida, e compreendo-a... Ouço a sua prece, e é a prece de uma energia inerte, implorando um emprego para a sua existência tão dependente, tão sujeita a vontade humana...
Respeito a vida, e tudo o que pode feri-la... Respeito o coração forte, que ousa ser uma partícula positiva em meio a imensidão... Que se contenta em usar a energia alheia corajosamente para a alegria.

Meus passos carregam a força mística de um devotamento desprovido de dogmas racionais.
Danço por que conheço a beleza oculta do dançar. Sorrio largamente, porque respeito o tempo... Considero o hoje, o dia mais feliz.
Alegro-me com as minúcias da vida percebida... A aurora que chega timidamente, e que aos poucos devasta a escuridão, na mesma intensidade da minha dança cigana, que inicia sedutoramente contendo o fogo que me abrasa no final.
Danço... Liberto-me... Liberto-me... Liberto-me...

domingo, 24 de julho de 2011

Sou Cigana - Domínio Cigano 2010


Aqui está o texto escrito por "FERNANDA FURINI", este foi parte da mostra de dança cigana 2010 apresentada na UBRO em Florianópolis em junho de 2010.
Quero apenas mostrar ao mundo o talento de nossa amiga Fernanda Furini, e agradecê-la pela riqueza de suas palavras e ajuda por acrescentar a beleza da poesia em nossos movimentos. Suas palavras foram interpretadas por Ana Paula, que hoje está brilhando nos palcos de São Paulo.


DOMÍNIO CIGANO
Escrito por Fernanda Furini


Debaixo de minhas cores, pulsa a cor mais vibrante...aquela que nem o sol ofusca! Sou cigana, a força viva em tempos de guerra, cuja arma é minha coragem e as palavras em busca de glória! Minha força anterior ensinou-me tudo que agora intuo. Vejam, nossa ancestral batalha continua. Por todos os lados abdomens com roupas coloridas procuram o mérito nas grandes metrópoles.
SOU CIGANAAAAA, e se grito, é para que meu grito seja a revelação deste infinito que eu trago encarcerado em minha alma.

O amor é como a torre que desponta na neblina...e que volta a ficar só, assim que essa se dissipa ... neblina não tem parada! Os amores são levados ao som do vento ansioso de partida... à vista do último e significativo olhar. Simples complexo compacto de momentos vividos, grandiosos, eternos em cada segundo. Os olhos marejados que recordam, mostram sabiamente quem verdadeiramente existiu.



Cigana... se atente para que seu coração não se parta na queda como a réplica barata de um raríssimo vaso.
Aquilo que é do mundo, livre como o ar, não poderá jamais ser enclausurado na breve arca de um peito humano por mais de alguns segundos.
Mantenha no coração o amor, assim como mantém nos pulmões o ar... absorva o necessário, mas deixe-o livre para voltar ao mundo...pois livre ele sempre será.
A cada um cabe juntar seus cacos, e transforma-los na obra mais pura de garra, pois são só seus!
A coragem abrirá as trilhas, que outrora por amor, foram ignoradas.
O sol renova a esperança quando a fogueira cessa.
Ir rumo indo, cantando as músicas que se perdem nos vôos do possível.
Na dança, os sapatos pisam os trajes negros que outrora a alma vestiu... deixe-os no chão!! As roupas agora são as de festa...vistimo-as!



Nas mãos, vejo o fim de um rumo, despencando em um precipício de lágrimas. Vejo com a nitidez de um punhal polido, a dor emaranhada na alma escorrendo pelo rosto.
Intuo o desfecho de uma sina evidente, marcada pelo término daquilo que não acaba.
O poder do amor que se manifestará de uma forma imprevista, ilegível...
Vejo a morte, em trajes pretos levantando-se contra as cores tão amadas... Mas no fim, levará apenas aquilo que o coração por si matar.
Eis que como uma fênix, das cinzas ressurge o amor amado! A morte, que não passa de aparência, não poderá jamais ser morte!

Veja... o futuro aguarda com suas cores, amassando o cinza do passado.
A vida, que ainda é vida, continua a pulsar no frenesi vibrante de um relógio quebrado. Ainda há tempo... muito tempo! É buscando o caminho certo que erraticamente encontraremos o descaminho mais feliz.
O porvir trará o florescer das vinhas, aplacará a síntese quente do fogo interno... ele ainda é a melhor de todas as certezas.

domingo, 19 de junho de 2011

Guardiões da Noite do Oriente fala de sua trajetória na música cigana

Guardiões da Noite do Oriente é uma das bandas mais usadas nas aulas de dança cigana do grupo Domínio, seu único cd, inspira e alegra nossos bailados, a reportagem escrita, por Jadhe do Janellá.com, também amiga do grupo, mostra o encantamento da banda pela cultura cigana, assim como nós bailarinas do grupo Domínio. Fazemos esta homenagem por respeito ao maravilhoso trabalho que enriquece nossas aulas



Escrito por Jhade Mattos
(maio de 2011)

Com estilo próprio, músicas em português, rumbas e muita alegria fazem do grupo Guardiões da Noite do Oriente um dos mais badalados de São Paulo. Conheça um pouco mais deles em entrevista com o vocalista Aurélio...

Quem são os Guardiões da Noite do Oriente?
A banda, hoje em dia, é um sonho que eu tive um tempo atrás e se realizou. Nós fomos galgando esse espaço já não é de hoje, já são seis anos de estrada e é quase a mesma formação inicial, tiveram algumas alterações, algumas saídas. O grupo é composto por: Calles, vocalista e back vocal; Gabriel, violão solo; Rogério, baterista; Júnior, baixo; e eu, Aurélio, que toco violão e sou vocalista.

Como é fazer música cigana no Brasil?
Música cigana no Brasil é bem aceita, porque o povo brasileiro tem um simpatia pela música por ser uma música alegre, que fala de alegria, do dia a dia, do ideal cigano, das coisas que as pessoas também gostam que é a liberdade.

O universo da música cigana é muito rico. Quais as dificuldades enfrentadas pelo grupo?
Nós já temos a banda há seis anos, no começo, existia uma certa resistência porque a gente não era conhecido nem no meio cigano nem fora, então a gente teve que conquistar o espaço, a dificuldade maior foi essa, mas conforme foi passando o tempo nós fomos divulgando o trabalho, conhecendo pessoas na cultura que nos abriu as portas para poder hoje a gente já ter um trabalho mais divulgado.

Dá para sobreviver da música?
Como eu apresento uma música específica, ou melhor, um segmento, então a gente não tem uma quantidade significativa de shows, eu acho que isso vai acontecer com o tempo. A nossa música é música para todos, não só para cigano, a música é para todos, é uma maneira de a gente compartilhar o nosso trabalho com todo mundo, não importa, idade, classe social...

Qual é o diferencial do grupo?
O nosso estilo é de 80% de Gipsy Kings, por causa de nossas rumbas, mas nós misturamos um pouco com a música brasileira, e esse é o nosso diferencial, nós procuramos fazer as músicas em português para que as pessoas se identifiquem melhor, nos shows nós tocamos variações do Gipsy Kings, de músicas tradicionais em romani, mas o nosso trabalho é sempre em português para que as pessoas se identifiquem como trabalho brasileiro.

De onde vem a inspiração do grupo?
Começamos com música cigana, a nossa inspiração é o universo cigano, na parte rica e bonita da cultura, até agora as nossas composições falam desse universo, da vivência, dos sonhos, dos ideais, das lutas, da liberdade. Tem um lado não tão bonito também que a gente pode retratar ainda um dia, mas como é uma divulgação para alegria das pessoas e para as pessoas se identificarem, a gente procura mostrar esse universo alegre e rico da cultura cigana.

Como são feitas as composições musicais?
A maioria das composições é minha e a música também. Todos ajudam, eu dou o início e nós criamos os arranjos, cada um dentro de seu instrumento cria o seu arranjo e faz a harmonia, melodia.

Vocês tem algum CD gravado?
Temos um CD lançado e o segundo está em construção, eu pretendo terminar de gravar este ano para um lançamento ano que vem, se eu tiver patrocínio seria mais fácil, porque nossa banda, nosso trabalho, é totalmente próprio e sem patrocínio nenhum, totalmente independente. Hoje a gente está tendo mais abertura e mais conhecimento.

Vocês tem apoio de alguém ou estão vinculados a uma gravadora?
Eu preferi fazer trabalho independente porque eu quis fazer da minha maneira, que quis fazer uma coisa não tão comercial, mas a nossa cara, e ficou assim do jeito que eu queria. Porém eu gostaria ter um contato de gravadoras, porque é sempre bom ter opções para poder fazer o trabalho.

Qual a importância do Dia Nacional do Cigano?
É uma data que marca a cultura, a peregrinação dos ciganos e o reconhecimento que eles tem em nosso país e fora também.

Sites: http://www.janella.com
www.bandaguardioes.com.br
www.dominiogrupodedanca.com

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Relato de Silvia Bragagnolo

SUPERAÇÃO E DEDICAÇÃO – PALAVRAS CHAVES DO GRUPO DOMÍNIO DE FLORIANÓPOLIS – SC
Domínio – grupo de dança tem como objetivo principal dar voz e movimento “as almas que se fazem cada vez mais femininas pela dança”, e ao dar voz e movimento, compreender melhor os efeitos e o poder de transformação pessoal que a dança traz as mulheres de todas as idades.
O Grupo tem se destacado com suas mulheres... Mulheres maduras, que estão na idade do autoconhecimento, da experiência, plenitude e que sobem ao palco para dividir com todos nós as mais belas dádivas: a dança, a beleza e o carisma. Para as mulheres do Domínio, não existe “tempo”, “idade”, existe o que está dentro delas e que é lindo, belo, sensual e puro. Onde não existem meninas, senhoras, tipo físico ou raças. Existe somente a essência minguante em todas as fases de suas vidas. São a lua crescente, minguante, cheia e que se renova sempre. Para elas não existe o conceito ultrapassado de que a mulher está velha para dançar, com limitações e medos. Cada fase da mulher é bela, forte e poderosa. Assumem mudanças corporais sem brigar com elas, são sempre lindas, cativantes e maravilhosas... São felizes, são jovens. As mulheres do grupo Domínio, encaram a experiência da dança com garra, desfilam e exteriorizam uma beleza inovadora... São felizes juntas, num festival de renovação e beleza. Foram tantas superações no decorrer destes anos, mas nos dois últimos, o grupo tem demonstrado o real poder feminino de transformação através da dança... A cada dia que passa o grupo tem se mostrado mais jovem e determinado, mais bonito e amigo, mais consciente da importância desta convivência em grupo, dos movimentos das saias, da suavidade dos braços e da força das mãos em ritmo musical. O grupo mostra em cada apresentação a verdadeira magia da dança... A alegria... A força magnética que encanta...
Grupo que mais uma vez supera-se nas emoções de um palco grandioso como de São Paulo, num dos festivais mais aclamados “ O Mercado Persa”, neste que concretizaram mais uma etapa de superação. Bruna, com seus 24 anos conquistou prêmio de terceiro lugar em solo cigano com apenas seis meses de dedicação à dança, Tânia com seus 60 anos ( a mais “madura” entre suas concorrentes), conquistou segundo lugar em solo cigano, Luciane aos 40 anos, teve a honra de abrir tal Festival com lindo bailado de seu xale... Enfim, todo o grupo de mulheres (aposentadas, funcionárias públicas, profissionais liberais, etc.), merecedoras de grandes aplausos, as quais dedicaram seus momentos diários em prol da dança, em prol de si mesmas, dedicadas e renovadoras conquistaram corações... Emocionaram... Sorriram... Vibraram... Tornaram-se mulheres dançantes!!!
Eu, Silvia Bragagnolo, como professora, como amiga destas “mulheres bailarinas”, acredito ser a peça principal desta motivação, ser a pequena tecela de um grande mosaico que compõe o mundo da dança. Sinto-me plena com seus sorrisos, demonstrações de felicidade, crente de um trabalho ainda não concluído, pois não existe conclusão para tais emoções, mas crente da superação e do poder que temos em mãos! Do poder feminino que todas, nós mulheres, somos capazes de exteriorizar. Sejam bem vindas ao grupo Domínio todas as mulheres capazes de ousar, capazes de exibir sua essência e magia.

domingo, 27 de março de 2011

Uma poesia de um amigo do Grupo Domínio


"AMOR CIGANO"

Cigana eu sou...
E neste lugar...
Sou livre como as aves...
Que voam por todo o lugar...
E sobrevivem a grandes temporais...

Em volta desta fogueira...
Embaixo desta Lua cheia...
Cantamos e dançamos...
A noite inteira...

O cigano canta...
E toca sua guitarra...
Onde as ciganas bem enfeitadas...
Dançam e tocam suas castanholas...

A musica hipnotiza...
Ciganas entram na roda...
Como é bom dançar...
Se sentir livre e poder cantar...

Escolhi esta noite...
Para neste reino...
Só por uma noite...
Um amor cigano...
Eu poder encontrar...

AUTOR: Sandro O Cigano/Olaria-RJ

quinta-feira, 17 de março de 2011

Relato de Pérola (Miriam)




Engraçado como a vida nos prega peças!!!
Conheci a Silvia através do Lourenço, calada....Quieta no seu cantinho.....Uma aproximação que aos poucos foi se aprofundando, afinal nós duas temos uma coisa em comum: a dança!
Bem, o tempo passou e hoje estou com vocês... E conhecendo a Silvia, doce pessoa com uma paciência infinita.

Dança!! Palavrinha danada esta!
Basta a música começar e meus pés já começam a se movimentar.
Comecei tudo isto só para fugir de problemas, como quase todas com quem falo.
Mas, a música....a atmosfera...as mulheres... Tudo tomou conta de mim de tal forma que esta paixão já dura bem uns 11 anos...
Minha aspiração? kkkkkkkk Continuar dançando até no asilo,agitando os velhinhos e deixando as enfermeiras de cabelo em pé. A emoção de vestir a roupa...Maquiar o rosto...Colocar brincos, anéis, pulseiras...É demais pisar no palco, na sala de aula, ou qualquer outro lugar, gente!!!!
O coração pula, se agita e queremos ficar para sempre ali, dançando.
Além disso,as amigas sempre sorrindo, brincando e nos estimulando, quem não quer isso? Um lugar onde há diversão, gente inteligente, brincadeiras, exercícios para a alma e para o corpo.
Então, continuo sim na dança, até meu corpo pedir: Pare!
Será que ele vai pedir isto?
Ou estarei um dia, lá do outro lado agitando?
Tentarei avisar vocês!!!!

Beijos

Pérola!!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Relato de Lunah Mariah - Dança Cigana (Luciane Maria da Silva)




Dominando Florianópolis!!

Tudo começou em Janeiro do ano de 2009, não demoramos muito para achar uma professora que fosse mudar nossas vidas. Assim de mansinho foi formando o primeiro grupo de Dança Cigana Domínio de Fpolis.

Na verdade quem teve culpa, ou melhor, quem teve a grandiosa idéia de querer aula dessa arte misteriosa e cativante foi nada mais nada menos que Lilia (Maria Rosa), minha mana. Então fui à luta rsrsrs. Na época eu fazia dança do ventre e só iria entrar nessa turma para incentivar a minha irmã. Através de alguns contatos com algumas pessoas iluminadas (Luileny e Lourenço) surgiu Silvia Bragagnolo, chegando de Caçador para criar raízes em Fpolis .

Começamos tímidas, com 3 alunas (eu, Luisa e Lilia). Tentei ficar somente um mês, mas foi impossível, não tive como parar com essa dança que cativou meu coração como um passe de mágica. Com o passar de alguns meses convidei mais umas amigas que faziam aula de dança do ventre do projeto da UFSC (Edi, Simone, Cris e Tati) que não resistiram ao encanto.

O grupo então começou a crescer. Cresceu a vontade de aprender mais e mais, corremos contra o tempo, pois começaram as primeiras apresentações, ui ui ui que frio na barriga rrsrs... mas nossa professora nos encorajava a dominar o medo e confiar em nós mesmas. Toda apresentação tinha e tem até hoje um momento de arrepiar: a dança de Silvia com Drom Romale (Lourenço Ferraz). Quem já assistiu sabe do que estou falando... pura magia.

Em Novembro de 2009 fizemos o nosso Primeiro Batizado Domínio. Silvia preparou com muito carinho um momento que marcou a vida de cada uma de nós, onde recebemos o nosso nome de cigana. Que delícia, apesar da correria, preparar tudo e deixar pronto para receber nossos convidados. Mas foi uma noite maravilhosa, rodamos a saia para receber nossa cigana.

Em 2010 recebemos mais alunas no grupo, que veio engrandecer o Domínio. Que bom saber que nossa energia cativou outras pessoas.

Outra data que marcou muito foi nossa primeira Mostra de Dança Cigana, na Ubro. Foi nos dias 01 e 02 de junho de 2010 que sentimos a emoção e o comprometimento de um lindo espetáculo (obrigada Silvia por confiar e acreditar em cada uma de nós).

Novamente em Novembro, só que de 2010, aconteceu o Segundo Batizado Domínio. Amei presentear a todas com uma dança dos Quarto Elementos, acreditem, fiquei muito nervosa rsrr, mas faz parte. Só o fato de presenciar a dança de cada uma, a emoção em cada olhar, em cada giro, em cada sorriso, me fez mais feliz ainda.

Hoje somos um grupo unido pela grandiosidade da dança Cigana a qual nossa Mestra Silvia Bragagnolo nos mostrou os primeiros passos e vem nos ensinando e vivenciando cada vez mais essa cultura tão grandiosa da Dança Cigana. Opchá!!!!!!!!!!!!!

Janeiro é mês de aniversário, dois anos Dominando Florianópolis, com muitas danças, conquistas, amizades e alegrias.

Adoro todas vocês e o nosso menino “Drom Romale”.

Beijos no coração de nossos amigos, familiares e admiradores deste Grupo.

Luciane (Lunah Mariáh)




POEMA CIGANO

Sou como o vento livre a voar.
Sou como folha solta, a dançar no ar.
Sou como uma nuvem que corre ligeira.
Trago um doce fascínio em meu olhar.
Sou como a brisa do mar, que chega bem de mansinho.
Sou réstia de sol nascente, sou uma cigana andarilha.
O mundo é a minha morada, faço dela minha alegria.
A relva é a minha cama macia, meu aconchego ao luar.
Acendo a luz das estrelas, salpico de lume o céu.
Sou livre, leve e solta, meu caminho é o coração.
Sou musica, sou canção, sou um violino à tocar.
Sou como fogo na fogueira, sou labaredas inquietas.
Sou alegre, sou festeira, trago a felicidade em meu olhar.
Sou simplesmente, uma cigana a dançar.
Trago mistério escondidos, em meu olhar.
Sou encanto, sou magia, sou pura sedução.
Sou cartomante, sou vidente, sou quase uma feiticeira.
Vejo nas cartas seu destino, seu futuro, posso ler em sua mão.
Seguindo a linha da vida, chego até ao seu coração.
Ser cigana é minha sina, sigo feliz a dançar.
A minha alma é livre, meu doce enlevo é dançar.
Sou encanto, sou magia, sou alma à viajar.
Sou um pedaço de paraíso.
Sou uma cigana à dançar!
Por: Cecília-SP-03/2009

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Relato de Jacqueline Martins Osório - Dança cigana



"Quando entrei na sala onde estavam dançando pude perceber imediatamente as grandes saias rodadas e coloridas que as alunas da dança utilizavam, e como nunca havia visto sequer uma foto de vestes ciganas antes estas saias imediatamente prenderam minha atenção. Peguei minha câmera e comecei a tentar flagrar um desses movimentos rápidos e repolhudos que elas fazem, puxando a saia com as mãos de modo que ondulem e formem desenhos bonitos no ar. Infelizmente, a câmera não conseguiu pegar com exatidão nenhum desses, mas vislumbres próximos podem ser vistos em algumas das fotos nos anexos.
Como estavam ensaiando uma coreografia para uma apresentação que seria no dia seguinte os movimentos feitos por cada uma das bailarinas eram quase sempre iguais. No entanto, a professora Silvia Bragagnolo nos disse que uma marca da Dança Cigana é a liberdade de expressão, o improviso, e me pareceu que nas aulas ela ensina às alunas as técnicas e as deixa inventar livremente seu repertório, até que improvisar se torne algo cômodo a elas. Um dos objetivos da dança me pareceu, depois de poucas conversas entre alguns grupo, a manipulação das energias do ambiente, um traço do misticismo cigano que parece se fazer presente nessa prática. Li em algum texto sobre como elas rodam por vezes para a direita e então para a esquerda, para assim equilibrar as energias do ambiente.
Durante toda a aula estive a tirar fotos e a fazer anotações de minhas impressões a cerca do que via. Pareceu-me uma dança através da qual as bailarinas expressam autoconfiança, domínio, força e certo senhorio. Em alguns momentos a professora Silvia chamou a atenção de uma aluna que se apresentava mais tímida em relação ao grupo, pedindo que ela “aparecesse mais”, que se impusesse na dança. E me pareceu também que ao mesmo tempo é uma dança sensual, ardente, misteriosa, mas muito feminina. Para mim foi encantadora em todos os aspectos, seja no rodar das lindas saias coloridas (o que em minha opinião é o principal chamariz de toda a dança), seja nos gestos delicados de rodar o pulso, de encarar a “platéia” de frente, com determinação e até certa ousadia, de mexer os ombros, um de cada vez, para cima e para baixo, enquanto os braços mantêm-se fixos um pouco abaixo dos ombros. Seja nos giros rápidos e inesperados, mas que parecem fazer todo o sentido quando completos, na inclinação dissimulada do corpo, que quando se espera que siga para um lado de repente volta, para repetir o mesmo no oposto. É uma dança que exprime felicidade constantemente, que tem o poder de mudar seu estado de espírito quando você se entrega ao que vê.
Apesar de a turma aparentar estar em nível intermediário e já ter certo domínio sobre as técnicas, nada me foi tão marcante quanto as exibições da professora Silvia. Lembro de estar tirando foto de uma determinada bailarina quando de repente algo passou por mim fazendo estardalhaço, e quando levantei os olhos me deparei com Silvia indo assumir sua posição entre as bailarinas dançando vigorosamente, e me recordo de ter pregado os olhos nela a partir de então. Não fosse o decoro, teria passado a tirar fotos apenas dela dali em diante! Essa característica de dançar a qualquer momento foi algo que a professora frisou em nossas conversas, que “cigano dança a qualquer hora e por qualquer motivo”.
Como já mencionei, naquele dia as garotas estavam ensaiando para uma apresentação, e por esse motivo nos mantemos apenas nos “bastidores” durante toda a aula. Já quando fui assistir a outra dessas aulas no sábado seguinte, a professora Silvia fez questão de me por dentro de uma saia e ir treinar com elas, para que só através das observações visuais eu não me enganasse que aquela era uma dança simples de ser dançada (o que não era exatamente o que pensava).
Só para situar, quero frisar que minhas experiências com dança se resumem a cerca de três meses de ginástica rítmica na quinta série (uns sete anos atrás, só), e que portanto não importava que tipo de dança fosse eu sempre acharia difícil.
Coloquei a saia e, com toda a minha sorte de iniciante, comecei a tentar imitar os movimentos com leques que elas faziam. Leques. Muito difícil. Começamos acho que com um breve aquecimento, girando o leque com os punhos, abrindo e fechando eles, acima da cabeça ou do lado do corpo, e por aí vai. Mesmo se ignorar minha péssima forma física, de quem não se envolve com esportes a mais de um ano, acho que meu primeiro contato não foi lá dos melhores, e quando ela pediu que passássemos a improvisar eu saí para tirar minhas fotos com a certeza de que aquela não era uma dança simples! Durante o resto da aula elas então treinaram seus movimentos com leque e ensaiaram outra coreografia com os mesmos, que a princípio deu um certo trabalho para casar os movimentos com o tempo da música, o que também proporcionou alguns momentos de descontração bem divertidos.
E, para concluir, essa minha breve experiência com a dança cigana com certeza deixou um gostinho de quero mais, e mal posso esperar para ver outras apresentações delas - esqueci de comentar que assisti a apresentação para a qual elas treinaram na primeira aula. Às vezes sem querer nos deparamos com coisas maravilhosas das quais ignorávamos completamente, e tenho muito a agradecer a esse trabalho por me permitir conhecer um pouquinho mais sobre os ciganos e a me encantar imensamente com a sua dança!"

Relato de Raísa (Nilza Nelci Girolla) - Bailarina de dança cigana


Nilza Nelci Girolla, 27/02/1952, educadora da área de Letras (Inglês) e Educação Física, com especialização em Literatura Brasileira, aposentada do Magistério desde 1995, em atividade noutra área desde então – assessoria parlamentar.
Casada e separada por 2 vezes, mãe de dois (32 e 28 anos) e avó de três (9, 5 anos e um de 8 meses).
Profissionalmente, sempre fui muito ativa, em expressão verbal e corporal, nunca deixei de fazer condicionamento físico (desde 17 anos faço natação, musculação, caminhadas, jazz, dança de salão e, nos últimos anos, pilates).
Sabedora que “mens sano em corpore sano”, sempre fui adepta, também, de terapias alternativas, tais como massoterapia, yoga, do-in, shiatsu, ayurvédica, reiki, que sempre me acompanharam em uma ou outra atividade física, portanto, nunca deixei de fazer, ao mesmo tempo, 2 tipos de condicionamento físico e uma destas terapias.
Em 2008, quando, também, fazia dança de salão, em especial samba no pé e de gafieira, vi uma apresentação do Grupo Domínio na Semana da Consciência Negra, no Largo da Alfândega e o meu interesse pela dança cigana surgiu imediatamente, pois tudo me encantou - as coreografias, o figurino, a leveza e, ao mesmo tempo, a força dos movimentos, a expressão das bailarinas, os complementos usados – rosa, xale, leque, etc.
Eu era uma das apoiadoras do evento, pois tenho bastante proximidade, no meu trabalho atual, com a Coordenadoria Municipal de Promoção de Políticas Públicas para a Igualdade Racial, organizadora do mesmo e que agrega negros, judeus, índios e ciganos. Então procurei a Marta, coordenadora à época, e busquei os contatos dos responsáveis pelo Grupo. Ela me encaminhou ao Lourenço Ferraz, bailarino do Grupo Opre Romale (que eu já conhecia, da Coordenadoria) e ele me passou o contato da Sílvia, pois o Grupo Opré Romale já trabalhava integrado com o Domínio Grupo de Dança.
Por e-mail, Sílvia e eu “trocamos figurinhas”, ela me forneceu vasto material e, a cada folha lida, mais eu me encantava com a possibilidade de participar do Grupo e aprofundar os conhecimentos sobre a cultura cigana.
Sílvia, como sempre faz, me ofertou uma aula experimental numa pequena turma iniciante da 4ª feira à noite, fiz e, quando esta mesma turma se desfez por desistências várias, passei para uma outra que se iniciava no sábado (o que não me agradou muito, inicialmente, por conta de eu viajar para visitar familiares, quase sempre, nos finais de semana) e estou, até hoje, nesta turma – a Turma do Sábado, sendo que hoje adio qualquer compromisso por conta da aula.
Tatiana Lee, bailarina da “Turma Adiantada”, como chamamos, escreveu, para leitura na nossa festa de confraternização pós Mostra nossa no Teatro da Ubro (em 1º e 02/06/2010), e eu vou transcrever alguns pontos:

...“... fomos convocadas.
... fez-se verão nas nossas vidas. Nos re-conhecemos facilmente. Nosso olhar não se engana, quando encontramos outra que pertence ao clã. Os pés começaram a se mover ao som dos instrumentos que convocaram nosso espírito ancestral. No princípio, ainda éramos tímidas, um pouco desajeitadas, mas quando começamos a rodar as saias, nossa alma se revelou em sua plenitude e voltamos a ser o que sempre fomos, livres de corpo e alma, altivas, de coração intenso, de profundo companheirismo, de alegria e de dança.
Aos poucos fomos incorporando os elementos da tradição. Abanamos leques que enaltecem nossos olhares sempre atentos. Esvoaçamos xales louvando o ar que nos rodeia. Tocamos incansáveis nossos pandeiros para vibrar as energias que permeiam nossos corpos. Oferecemos rosas, que lembram que a grande beleza da vida tem, igualmente, perfume e espinhos.” ...

Desde que entrei no Grupo, em agosto de 2009, já participei de várias apresentações. A minha estréia foi no Lar Asilo da SERTE, em Ponta das Canas, em abril deste ano, quando Sílvia no orientou para dançarmos livremente com o que tínhamos aprendido até então, sem coreografia ensaiada, portanto. Foi ótimo para desinibirmos, num primeiro momento com o público. Eu confesso que não tive muito problema, uma vez que sempre trabalhei com público, já dei palestras, coordeno planejamentos para entidades e grandes grupos, mas é diferente quando você tem que expor, também, teu corpo, em gestos e/ou olhares sensuais, pois a dança cigana apresenta esta especificidade também, você tem que representar a música ao dançar, viver intensamente as emoções, mostrando sensualidade e feminilidade.
Somos nômades. Já nos apresentamos em shoppings, academias, asilos, almoços e jantares, beneficentes ou não, em clubes finos ou improvisados.
Em palco de Teatro, pela primeira vez, eu estreei na Ubro, em 01 e 02 de junho deste ano. Foi a I Mostra Domínio Cigano e Sílvia nos preparou muito bem, pois estávamos tranquilas e tudo deu muito certo. Nós, alunas iniciantíssimas, à época, ouvimos muitos comentários sobre este espetáculo e o mesmo foi, até, citado como sendo digno de “profissionais”. Ensaiamos muito, tudo com muita disciplina. Todas prepararam seu figurino muito esmeradamente, não tivemos patrocínio algum, a divulgação foi feita toda por pessoas do grupo e Sílvia Bragagnolo dançou, dirigiu o espetáculo e foi a única coreógrafa do mesmo, sempre apoiada por Lourenço Ferraz, coordenador, e outras dançarinas do Grupo Opré Romale.
A Mostra consistiu num trabalho de estudo étnico da cultura cigana, representando suas histórias de amor, conquistas e misticismo, com danças alegres e figurinos ricos, que traziam todos os complementos utilizados em nossas aulas, no melhor do clima cigano.
Depois deste evento, outros se sucederam, todos com muito empenho, disciplina, boa vontade, pois quando nos vestimos de cigana, quando armamos o acampamento no nosso coração florido, a despeito do que acontece ao nosso redor, sorrimos e vivenciamos o ritmo da música. Ficamos exultantes e orgulhosas quando percebemos que atingimos o nosso objetivo, que é o levar alegria a todos que nos assistem, e isto fica “visível, palpável” nos elogios que recebemos e nos sorrisos e nas palmas que nos acompanham enquanto giramos.

O pai de meus filhos, meu ex-marido, comentou durante um almoço em família: “acho que depois das duas maternidades, o que está te dando mais prazer é a dança cigana, não?” E eu respondi que realmente é uma das atividades que me dá muito prazer. Estou muito feliz por participar de mais este grupo, no qual a vivência e a convivência têm sido muito enriquecedoras. Sinto o aprimoramento de minhas capacidades físicas, intelectuais, afetivas e sociais, e meus familiares e amigos percebem a importância que dou a esta atividade.
Uma outra amiga, que mora no Rio, quando enviei a ela, fotos e vídeo de nossa apresentação, comentou: “Niiiiiiilza, tu sempre fostes, mesmo, meio cigana”.
Acho, também, que é uma questão de espírito, pois quando liberamos a criatividade, e isto pode acontecer em várias atividades outras, estimulamos a expressão sem medo e brindamos as práticas adequadas a cada estágio de desenvolvimento pessoal e grupal, integrando o grupo em um clima de alegria, concentração e autodisciplina, o que transcende a nossa expressão corporal.
A dança cigana promove a vivência, o resgate e o intercâmbio da cultura cigana, facilita o reconhecimento da identidade dos valores, com possibilidade de integração dos mesmos ao sistema de valores das pessoas com as quais nos relacionamos.

“... dançar e tornar-se flexível, maleável, é aprender sobre o dom do respeito, que é a disposição de olhar duas vezes a mesma coisa e aceitar o resultado de toda e qualquer situação, a partir do entendimento de que tudo é o que pode ser. Qualquer que for o resultado é o que foi possível... . A dança nos permite fluir, buscar e expressar a criatividade, definir e refinar os movimentos do corpo, criar a possibilidade da síntese e da integração energética, e encontrar contentamento, harmonia e paz.”
(Roda de Cura, Derval e Vitoria Gramacho, Ed. Madras, 2002)

“Quando danço com outros, aprendo a olhar, esperar, respirar junto. Exercito a paciência ante meus erros e os erros alheios. Sou carregado e carrego. Sou apoio e sou apoiado. Avanço e retrocedo junto. Enfrento, recuo, alcanço e acompanho. Construo, com o parceiro e o grupo, formas que, sozinho, não poderia construir e, assim, reconheço outros significados...”.
(Amara di Martino, A Dança: medicina complementar, Revista Caminho do Mestre, Julho/Agosto 2002)

A dança cigana é a união de várias nações e faz viver intensamente as emoções, mostrando sensualidade e feminilidade, com elementos culturais que atravessam os séculos.

PAIXÃO CIGANA

TENS NO PEITO A PAIXÃO ,
NOS OLHOS O MAR EM CORES.
NA VIDA, NINGUÉM TE ENGANA
LEVAS, NA ALMA CIGANA,
A EXPLOSÃO DE MIL AMORES...
CIGANINHA, CIGANINHA,
ÉS DAS TENDAS A RAINHA,
CAUSA-MOR
DAS MINHAS DORES !!!

(PIERO VALMART - www.lovers-poems.com)

“NOSSO CHÃO É NOSSA ESTRADA, NOSSA TERRA É NOSSA CASA” (Tatiana Lee, dançarina)

“O UNIVERSO É UM ECO DE NOSSAS AÇÕES E PENSAMENTOS”
(FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER)

Nilza Nelci Girolla
Nome Cigano: Raísa (nome cigano da umbanda)
Significado: relaxada, acalmada!
Origem: grega
Age com muita sabedoria para resolver os problemas dos outros. Isto acontece porque se sente mais confortável em decidir sempre com a cabeça fria, mas, mesmo assim, seu coração sempre está no meio da dúvidas e fica difícil decidir.
Sua marca no mundo: generosidade, cortesia, influência, caridade, companheirismo.
Sabe se comunicar com destreza, pois é criativo, otimista, amistoso, animado, inspirado, popular, social, artístico e prático. Gosta de estar em evidência e, por usar as palavras como ninguém, sempre atinge seus objetivos. Cultiva a arte de ser um verdadeiro amigo e as funções em que se envolve são: crítico, organizador e líder social, clérigo ou missionário, costureiro, decorador.
Independente e talentoso, na vida receberá muitas oportunidades de liderança e poder. Tende ao pioneirismo com a invenção de coisas geniais. Precisa tomar cuidado, se policiar, pois tem forte característica ao autoritarismo. Persiste na hora de receber conselhos e insiste em suas idéias até ser convencido do contrário. Fará sucesso em profissões em que possa atuar com a imaginação e criatividade livremente.

Bailarinas Domínio

www.dominiogrupodedanca.com

Um grupo unido pela magia da dança... Domínio - grupo de dança

Este blog relata experiências, apresentações do mundo da dança Domínio.
Está aberto à todos que já fizeram parte do grupo, aos que agora participam, está aberto aos que têm curiosidade em conhecer melhor e quem sabe, fazer parte desta "FESTA DA DANÇA".